ANA
ASTROLOGIA CLÁSSICA
& VIDA MODERNA
Um pouquinho sobre a quadratura Sol Marte no dia 20 de Abril #anarodrigues_astrologa
Um pouquinho sobre a quadratura Sol Marte no dia 20 de Abril #anarodrigues_astrologa
4 dias ago
View on Instagram |
1/4
Conheço uma pessoa que está estudando astrologia horária tradicional e tem enfrentado bastante dificuldade para estabelecer o significador do quesito — ou seja, o planeta que significa o tema central da pergunta.

Em busca de esclarecimento sobre um erro que cometeu em uma análise, ele recorreu à inteligência artificial. A resposta do chat foi a seguinte:

"Você errou a resposta porque não conseguiu compreender adequadamente qual era o objeto da pergunta. Ao não identificar corretamente esse objeto, acabou escolhendo o significador errado.

Para acertar da próxima vez, deve-se perguntar: qual é o objeto da pergunta?

Um pouco de língua portuguesa aqui — uma frase é composta por sujeito, verbo e predicado. O objeto está no predicado. Por exemplo, se alguém pergunta 'Devo comprar uma casa?', o objeto da frase é 'uma casa'. Assim, você identifica na carta a casa astrológica que trata do tema 'casas' e o planeta regente será o significador da pergunta."

Achei a resposta do GPT interessante — e devo admitir que essa linha de raciocínio funciona em alguns casos. No entanto, ela não se aplica a todos.

Nem sempre o objeto gramatical da pergunta coincide com o verdadeiro objetivo do consulente. Por exemplo, se alguém pergunta: "Vencerei o processo?", o objeto é "processo". Como "processos" se relacionam ao tema jurídico, poderíamos pensar imediatamente na casa IX. Mas a questão não é apenas sobre o processo em si — e sim sobre obter sucesso nele. O foco está no julgamento e no veredito, temas pertencentes à casa X, que representa o magistrado.

Outro exemplo: se a pergunta for "Terei êxito no tratamento desta doença?", o objeto direto é "tratamento da doença", e o tema "doença" está associado à casa VI. Porém, o significador do sucesso — ou seja, se o tratamento será bem-sucedido — se encontra na casa X, ligada à vitória, êxito.

Também percebo, com frequência, uma confusão entre os significados das casas na abordagem moderna e na tradição. A IA ainda não consegue distinguir com clareza os diferentes métodos de interpretação astrológica.

A IA é útil, mas use com moderação — e, acima de tudo, com senso crítico.

#astrologia #astrologiaclassica
Conheço uma pessoa que está estudando astrologia horária tradicional e tem enfrentado bastante dificuldade para estabelecer o significador do quesito — ou seja, o planeta que significa o tema central da pergunta. Em busca de esclarecimento sobre um erro que cometeu em uma análise, ele recorreu à inteligência artificial. A resposta do chat foi a seguinte: "Você errou a resposta porque não conseguiu compreender adequadamente qual era o objeto da pergunta. Ao não identificar corretamente esse objeto, acabou escolhendo o significador errado. Para acertar da próxima vez, deve-se perguntar: qual é o objeto da pergunta? Um pouco de língua portuguesa aqui — uma frase é composta por sujeito, verbo e predicado. O objeto está no predicado. Por exemplo, se alguém pergunta 'Devo comprar uma casa?', o objeto da frase é 'uma casa'. Assim, você identifica na carta a casa astrológica que trata do tema 'casas' e o planeta regente será o significador da pergunta." Achei a resposta do GPT interessante — e devo admitir que essa linha de raciocínio funciona em alguns casos. No entanto, ela não se aplica a todos. Nem sempre o objeto gramatical da pergunta coincide com o verdadeiro objetivo do consulente. Por exemplo, se alguém pergunta: "Vencerei o processo?", o objeto é "processo". Como "processos" se relacionam ao tema jurídico, poderíamos pensar imediatamente na casa IX. Mas a questão não é apenas sobre o processo em si — e sim sobre obter sucesso nele. O foco está no julgamento e no veredito, temas pertencentes à casa X, que representa o magistrado. Outro exemplo: se a pergunta for "Terei êxito no tratamento desta doença?", o objeto direto é "tratamento da doença", e o tema "doença" está associado à casa VI. Porém, o significador do sucesso — ou seja, se o tratamento será bem-sucedido — se encontra na casa X, ligada à vitória, êxito. Também percebo, com frequência, uma confusão entre os significados das casas na abordagem moderna e na tradição. A IA ainda não consegue distinguir com clareza os diferentes métodos de interpretação astrológica. A IA é útil, mas use com moderação — e, acima de tudo, com senso crítico. #astrologia #astrologiaclassica
1 semana ago
View on Instagram |
2/4
Na semana passada, compartilhei uma proposta de marcação do tempo na revolução solar, usando a direção do ascendente anual — avançando 59 minutos e 8 segundos por dia.

Mas vale lembrar: existem várias maneiras de identificar os eventos ao longo do ano!

Hoje trago outra, apresentada por Abu Maʿshar no livro As Revoluções dos Anos nas Natividades.

É uma técnica simples e visual para dividir o ano em trimestres, usando os quadrantes da carta anual:

🔹 Ascendente → Meio do Céu = 1º trimestre
🔹 Meio do Céu → Casa 7 = 2º trimestre
🔹 Casa 7 → Fundo do Céu = 3º trimestre
🔹 Fundo do Céu → Ascendente = 4º trimestre

A indicação de quando algo pode ocorrer vem da posição dos planetas, dos aspectos entre planetas em quadrantes diferentes, e também das conjunções.

Exemplo:
Se Saturno está na Casa 2 recebe quadratura da Lua na Casa 11, eventos difíceis do 1º trimestre podem estar ligados a situações do 4º trimestre.

Abu Maʿshar focava mais nos significados dos planetas do que nos temas das casas.

Nesse exemplo, isso pode apontar para perdas materiais, frustrações, doenças ou mal-estar — especialmente se um dos planetas for senhor do ascendente da revolução ou da carta natal.

Essa técnica não marca datas exatas como a direção do ascendente, mas ajuda muito a entender quais períodos do ano concentram desafios ou facilidades, sobretudo quando muitos planetas se agrupam em um único quadrante.

E para enriquecer ainda mais a leitura:

Considere os trânsitos planetários ao longo do ano da revolução!

Os aspectos formados, mudanças de signo e os movimentos retrógrados revelam nuances importantes e deixam a análise muito mais completa e dinâmica.

#astrologia #astrologiaclassica #astrologiatradicional #anarodrigues_astrologa
Na semana passada, compartilhei uma proposta de marcação do tempo na revolução solar, usando a direção do ascendente anual — avançando 59 minutos e 8 segundos por dia. Mas vale lembrar: existem várias maneiras de identificar os eventos ao longo do ano! Hoje trago outra, apresentada por Abu Maʿshar no livro As Revoluções dos Anos nas Natividades. É uma técnica simples e visual para dividir o ano em trimestres, usando os quadrantes da carta anual: 🔹 Ascendente → Meio do Céu = 1º trimestre 🔹 Meio do Céu → Casa 7 = 2º trimestre 🔹 Casa 7 → Fundo do Céu = 3º trimestre 🔹 Fundo do Céu → Ascendente = 4º trimestre A indicação de quando algo pode ocorrer vem da posição dos planetas, dos aspectos entre planetas em quadrantes diferentes, e também das conjunções. Exemplo: Se Saturno está na Casa 2 recebe quadratura da Lua na Casa 11, eventos difíceis do 1º trimestre podem estar ligados a situações do 4º trimestre. Abu Maʿshar focava mais nos significados dos planetas do que nos temas das casas. Nesse exemplo, isso pode apontar para perdas materiais, frustrações, doenças ou mal-estar — especialmente se um dos planetas for senhor do ascendente da revolução ou da carta natal. Essa técnica não marca datas exatas como a direção do ascendente, mas ajuda muito a entender quais períodos do ano concentram desafios ou facilidades, sobretudo quando muitos planetas se agrupam em um único quadrante. E para enriquecer ainda mais a leitura: Considere os trânsitos planetários ao longo do ano da revolução! Os aspectos formados, mudanças de signo e os movimentos retrógrados revelam nuances importantes e deixam a análise muito mais completa e dinâmica. #astrologia #astrologiaclassica #astrologiatradicional #anarodrigues_astrologa
2 semanas ago
View on Instagram |
3/4
Novamente, tem algum espertinho tentando se passar por mim. Criou um perfil falso no Facebook (Ana Rodrigues Astrologia)e está enviando solicitações de amizade para quem segue minha página no Facebook, (que tem o mesmo nome), e também está enviando mensagens oferecendo leitura de quiromancia (leitura da mão). Eu não ofereço este serviço.. 

Se puderem denunciar o perfil lá no Facebook, eu agradeço. Assim o Facebook tira rapidamente.

Muito obrigada.
Novamente, tem algum espertinho tentando se passar por mim. Criou um perfil falso no Facebook (Ana Rodrigues Astrologia)e está enviando solicitações de amizade para quem segue minha página no Facebook, (que tem o mesmo nome), e também está enviando mensagens oferecendo leitura de quiromancia (leitura da mão). Eu não ofereço este serviço.. Se puderem denunciar o perfil lá no Facebook, eu agradeço. Assim o Facebook tira rapidamente. Muito obrigada.
2 semanas ago
View on Instagram |
4/4

Search

No século IX, Abū Saʿīd Shādhān ibn Baḥr escreveu uma obra intitulada “O Livro dos Diálogos com Abū Maʿshar sobre os Segredos da Astrologia”, na qual ele registrou as conversas e ensinamentos de seu ilustre professor.

Por volta do ano 1000 d.C., cerca de metade desses diálogos foi traduzida para o grego bizantino e incorporada a uma coleção chamada “Livro dos Segredos da Astrologia de Abū Maʿshar”.

Em uma dessas conversas, Abu Ma’Shar conta que um amigo lhe contou sobre uma visita ao Califa al-Maʾmūn. Na ocasião, havia muitos sábios presentes, e um indivíduo alegava ser capaz de realizar milagres, o que levou o Califa a convocar os astrólogos. O Califa desafiou os astrólogos a determinar a veracidade das alegações desse homem a partir da análise horária.

Os astrólogos examinaram o mapa astrológico e notaram que o Sol e a Lua estavam conjuntos no Ascendente, com o Lote da Fortuna e o Lote do Ausente no mesmo grau do Ascendente. O Ascendente estava em Capricórnio, Júpiter estava em Virgem, em aspecto com o Ascendente, e Vênus e Mercúrio estavam em Escorpião. Todos os astrólogos concluíram que as afirmações do homem eram verdadeiras, exceto o amigo de Abū Ma’Shar, que não emitiu opinião. O Califa o interpelou, e ele explicou que o homem possuía habilidades venusianas e mercuriais, com boa retórica que o capacitavam a contar histórias fascinantes, mas, em última análise, não realizava milagres.

O Califa questionou a base de sua análise, e ele explicou que, de acordo com a astrologia, Júpiter poderia indicar reivindicações válidas, mas, no caso em questão, Júpiter estava em detrimento. O Califa disse: “Deus te abençoe”.

Então, o Califa nos perguntou se conhecíamos aquele homem. Respondemos que não o conhecíamos. Ele então nos disse que o homem se chamava de profeta. Eu disse ao Califa para pedir a ele que desse um sinal. Portanto, o Califa perguntou se ele poderia dar um sinal para que acreditássemos que ele era um profeta. O homem respondeu: ‘Tenho um anel com duas inscrições. Eu o uso e nunca o tirei. Se outra pessoa o estivesse usando, ele riria incontrolavelmente, mesmo que não quisesse, e não pararia de rir até remover o anel de sua mão. Eu também tenho uma caneta, com a qual escrevo quando quero, mas se outra pessoa quisesse escrever com ela, não conseguiria: sua mão ficaria rígida.’ Eu disse ao Califa: ‘Esta é a performance: um é venusiano, o outro é mercurial. Esse homem encontrou esses dispositivos em livros de astrologia.’ O homem admitiu que isso era verdade e parou de se chamar de profeta a partir desse momento. O Califa o presenteou com mil minas.

Depois que o Califa nos dispensou, conversei com o homem e descobri que ele era muito versado e conhecedor em todas as ciências: ele fazia mapas astrais para copistas em Bagdá.” Abū Maʿshar acrescentou: “Se eu estivesse lá com os sábios, teria revelado o que ainda era desconhecido para eles: que o homem estava mentindo ao se autodenominar profeta, pois o Ascendente estava em um signo mutável, Júpiter estava em sua debilidade, e a Lua estava sob os raios do Sol; além disso, Mercúrio e Vênus estavam em um signo mentiroso, como Virgem.”

O original em árabe deste livro está na Biblioteca Angélica de Roma, e existe uma versão na Biblioteca do Vaticano.

Estudar astrologia tradicional e muito mais do que estudar astrologia, transcende o aspecto astrológico. Estas anedotas nos conectam às culturas antigas de maneira profunda. É possível visualizar os locais, imaginar as pessoas, sentir os aromas, o que torna experiência muito enriquecedora e emocionante.

Fonte: Abū Saʿīd Shādhān, Discourses with Abū Maʿshar on the Secrets of Astrology – horoiproject.com