Um dos grandes desafios do astrológo contemporâneo é ajustar o que conhecemos como regras astrológicas (conceitos, significados), ao que temos como experiências do mundo moderno.
Não há escritos, ou manuais que nos expliquem como relacionar estas duas questões. É exatamente neste ponto que entra a capacidade interpretativa do astrólogo.
É comum aos interessados nas previsões que cheguemos a um quadro exato, mas este não é o objetivo da Astrologia. Chegamos perto, mas avaliamos tendências, promessas.
Me lembro de ter feito um atendimento de previsões anuais, em que a pessoa havia iniciado um relacionamento e gostaria de saber se este era sua alma gêmea.
Do ponto de vista astrológico conseguimos identificar o clima em torno do tema relacionamentos (mais propício à relação, ou menos propíco. Mais passional, ou menos passional. Com probabilidade de rompimento ou não, etc). Mas a Astrologia Natal não aponta para um “alguém” específico, com a função de “Alma Gêmea”. Este é um tema subjetivo.
Me lembro também de ter feito uma leitura natal, e no momento alertei a nativa sobre a possibilidade de eventos difíceis ao longo de viagens. Recomendei que ao planejar e realizar uma viagem tivesse cautela. E tempos depois recebi mensagem de uma amiga dela, dizendo que ela havia falecido em uma viagem ao exterior, e que havia lhe contado anteriormente sobre o que disse em sua leitura.
Dentro de um quadro interpretativo existe uma margem de erro, ou de acontecimentos, e principalmente o conhecimento do Astrólogo, tanto técnico, como das experiências de vida. É neste intervalo que um astrólogo pode ser mais pontual que outro, mas nenhum deles terá a verdade sobre suas mãos para confirmar evento futuro com 100% de certeza. A certeza foge às mãos do Homem, é justamente a incerteza que guia os movimentos da vida humana.
Ana Rodrigues