ANA
ASTROLOGIA CLÁSSICA
& VIDA MODERNA
A astrologia mágica não é comum — e justamente por isso é tão especial.

Enquanto a astrologia cotidiana observa os movimentos celestes para compreender o fluxo da vida, a astrologia mágica busca capturar um instante precioso em que Céu e Terra respiram em uníssono.

Recentemente, alguém me pediu ajuda para escolher um momento para fazer um perfume de Vênus. Tinha boas intenções e algum conhecimento, mas ainda não sabia reconhecer todos os sinais no mapa do tempo.  E isso é compreensível, porque esses momentos perfeitos não se oferecem com facilidade e exigem um conhecimento sólido de astrologia. Quando os astros se alinham de forma tão harmônica, é como se uma porta rara se abrisse — e atravessá-la exige atenção, reverência e preparo.

A prática mágica não se sustenta apenas no instante: também vive na matéria. Cada cor, cada erva, cada aroma, cada pedra e cada metal associados aos planetas carrega um princípio antigo e sagrado. Não são substituíveis por “algo parecido” — porque a correspondência mágica não é estética, mas essencial.

Por isso, a astrologia mágica não é para ser feita de forma leviana ou superficial, com a receita da internet. Ela pertence àqueles que sabem traduzir os céus e falar a língua dos astros, ou que caminham guiados por alguém que já trilhou esse caminho.

Quando um momento astrológico verdadeiramente auspicioso se apresenta, ele é um presente do tempo. Raro. Belo. Potente. E é justamente essa raridade que torna a astrologia mágica tão especial.

#astrologia #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
A astrologia mágica não é comum — e justamente por isso é tão especial. Enquanto a astrologia cotidiana observa os movimentos celestes para compreender o fluxo da vida, a astrologia mágica busca capturar um instante precioso em que Céu e Terra respiram em uníssono. Recentemente, alguém me pediu ajuda para escolher um momento para fazer um perfume de Vênus. Tinha boas intenções e algum conhecimento, mas ainda não sabia reconhecer todos os sinais no mapa do tempo. E isso é compreensível, porque esses momentos perfeitos não se oferecem com facilidade e exigem um conhecimento sólido de astrologia. Quando os astros se alinham de forma tão harmônica, é como se uma porta rara se abrisse — e atravessá-la exige atenção, reverência e preparo. A prática mágica não se sustenta apenas no instante: também vive na matéria. Cada cor, cada erva, cada aroma, cada pedra e cada metal associados aos planetas carrega um princípio antigo e sagrado. Não são substituíveis por “algo parecido” — porque a correspondência mágica não é estética, mas essencial. Por isso, a astrologia mágica não é para ser feita de forma leviana ou superficial, com a receita da internet. Ela pertence àqueles que sabem traduzir os céus e falar a língua dos astros, ou que caminham guiados por alguém que já trilhou esse caminho. Quando um momento astrológico verdadeiramente auspicioso se apresenta, ele é um presente do tempo. Raro. Belo. Potente. E é justamente essa raridade que torna a astrologia mágica tão especial. #astrologia #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
2 dias ago
View on Instagram |
1/4
Um dos fundamentos da prática astrológica tradicional é a correta determinação dos significadores. Todo delineamento — seja numa carta horária ou natal — depende dessa etapa inicial, pois são os significadores que conectam a linguagem simbólica do céu com o assunto concreto que se deseja compreender.

Na astrologia horária, uma pergunta bem formulada já indica o caminho para a escolha adequada dos significadores. O entendimento claro do tema permite reconhecer quais casas e quais planetas estão envolvidos na questão. Embora os significadores não sejam o único ponto a considerar na resposta, eles constituem a base do julgamento: a partir deles, o astrólogo observa aspectos, dignidades, recepções e outros fatores que delineiam o desfecho e a qualidade dos acontecimentos.

Na astrologia natal, o processo é mais complexo, pois os assuntos da vida estão entrelaçados e se manifestam em múltiplos níveis. Ainda assim, a clareza na identificação dos significadores é igualmente essencial. Tomemos o exemplo da saúde: omitir o Ascendente e seu senhor nessa análise é um erro grave. Esses dois pontos não apenas descrevem o corpo e a vitalidade, mas também revelam o temperamento, o ritmo e até a disposição natural da alma e do espírito.

Do mesmo modo, reduzir o Ascendente à ideia de “máscara” é uma distorção que compromete todo o julgamento. O Ascendente é o ponto de emanação da vida, o lugar por onde a alma entra no corpo, e seu senhor governa a condução da existência. Ele nos mostra o modo como o nativo age, busca, deseja e se manifesta no mundo. Ignorar essa profundidade é perder de vista a própria essência da arte astrológica.

Cabe, portanto, ao astrólogo conhecer bem as regras da tradição, compreender a natureza e função de cada significador e, sobretudo, saber dialogar com o consulente. Se a questão não está clara, o dever do astrólogo é perguntar, esclarecer e definir o objeto da análise antes de proceder ao julgamento. Afinal, a precisão do delineamento começa na clareza da intenção — tanto do astrólogo quanto daquele que o consulta.
#astrologia #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
Um dos fundamentos da prática astrológica tradicional é a correta determinação dos significadores. Todo delineamento — seja numa carta horária ou natal — depende dessa etapa inicial, pois são os significadores que conectam a linguagem simbólica do céu com o assunto concreto que se deseja compreender. Na astrologia horária, uma pergunta bem formulada já indica o caminho para a escolha adequada dos significadores. O entendimento claro do tema permite reconhecer quais casas e quais planetas estão envolvidos na questão. Embora os significadores não sejam o único ponto a considerar na resposta, eles constituem a base do julgamento: a partir deles, o astrólogo observa aspectos, dignidades, recepções e outros fatores que delineiam o desfecho e a qualidade dos acontecimentos. Na astrologia natal, o processo é mais complexo, pois os assuntos da vida estão entrelaçados e se manifestam em múltiplos níveis. Ainda assim, a clareza na identificação dos significadores é igualmente essencial. Tomemos o exemplo da saúde: omitir o Ascendente e seu senhor nessa análise é um erro grave. Esses dois pontos não apenas descrevem o corpo e a vitalidade, mas também revelam o temperamento, o ritmo e até a disposição natural da alma e do espírito. Do mesmo modo, reduzir o Ascendente à ideia de “máscara” é uma distorção que compromete todo o julgamento. O Ascendente é o ponto de emanação da vida, o lugar por onde a alma entra no corpo, e seu senhor governa a condução da existência. Ele nos mostra o modo como o nativo age, busca, deseja e se manifesta no mundo. Ignorar essa profundidade é perder de vista a própria essência da arte astrológica. Cabe, portanto, ao astrólogo conhecer bem as regras da tradição, compreender a natureza e função de cada significador e, sobretudo, saber dialogar com o consulente. Se a questão não está clara, o dever do astrólogo é perguntar, esclarecer e definir o objeto da análise antes de proceder ao julgamento. Afinal, a precisão do delineamento começa na clareza da intenção — tanto do astrólogo quanto daquele que o consulta. #astrologia #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
1 semana ago
View on Instagram |
2/4
Significadores Financeiros na Astrologia Natal Tradicional

Não basta olhar só para o regente da 2ª casa como indicador de riqueza. Lilly, Bonatti e outros autores clássicos enfatizam que a prosperidade se lê na combinação de vários significadores:

Senhor [Regente] da 2ª casa (substância material).

Planetas na 2ª casa (benéficos favorecem, maléficos dificultam).

Júpiter (prosperidade, auxílios, oportunidades materiais).

Lote da Fortuna e seu senhor [regente] (sorte).

O astrólogo deve avaliar dignidade essencial, posição por casa, aspectos com benéficos ou maléficos, velocidade, fase, e fatores debilitantes, como combustão, movimento retrógrado e quadraturas aos nodos lunares, conjunções a estrelas fixas de mau augúrio.

Quando todos os significadores estão fortes, há fortes indícios de facilidades; quando estão mistos, indica condição intermediária; quando todos estão fracos, as tendências são mais desafiadoras.

Essa visão integrada vale também para os períodos preditivos. Ao comparar esses mesmos pontos nos trânsitos e nas Revoluções Solares, observa-se se o ciclo tende a melhorar, manter ou enfraquecer o fluxo financeiro indicado pelo mapa natal.

Há ainda significadores secundários de relevância ao  tema material, como o senhor da casa 11 para indicar os lucros em negócios profissionais, o senhor da casa 8 para os recursos de sociedades, e casamentos, e o senhor da casa 5 para lucros em negócios imobiliários.

#astrologia #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
Significadores Financeiros na Astrologia Natal Tradicional Não basta olhar só para o regente da 2ª casa como indicador de riqueza. Lilly, Bonatti e outros autores clássicos enfatizam que a prosperidade se lê na combinação de vários significadores: Senhor [Regente] da 2ª casa (substância material). Planetas na 2ª casa (benéficos favorecem, maléficos dificultam). Júpiter (prosperidade, auxílios, oportunidades materiais). Lote da Fortuna e seu senhor [regente] (sorte). O astrólogo deve avaliar dignidade essencial, posição por casa, aspectos com benéficos ou maléficos, velocidade, fase, e fatores debilitantes, como combustão, movimento retrógrado e quadraturas aos nodos lunares, conjunções a estrelas fixas de mau augúrio. Quando todos os significadores estão fortes, há fortes indícios de facilidades; quando estão mistos, indica condição intermediária; quando todos estão fracos, as tendências são mais desafiadoras. Essa visão integrada vale também para os períodos preditivos. Ao comparar esses mesmos pontos nos trânsitos e nas Revoluções Solares, observa-se se o ciclo tende a melhorar, manter ou enfraquecer o fluxo financeiro indicado pelo mapa natal. Há ainda significadores secundários de relevância ao tema material, como o senhor da casa 11 para indicar os lucros em negócios profissionais, o senhor da casa 8 para os recursos de sociedades, e casamentos, e o senhor da casa 5 para lucros em negócios imobiliários. #astrologia #astrologiaclassica #anarodrigues_astrologa
3 semanas ago
View on Instagram |
3/4
O Ponto de Crises na Abordagem Helenística
Na tradição helenística, alguns autores preservaram métodos específicos para determinar graus sensíveis no mapa natal, associados a períodos de crise ou desafios significativos na vida do nativo. Hermes ensina que devemos considerar a distância entre o senhor da lunação pré-natal e Saturno, aplicando esse arco ao Ascendente para encontrar o ponto crítico. Já Vettius Valens propõe outra fórmula: medir a distância entre Marte e Saturno e projetá-la igualmente a partir do Ascendente.

Independentemente de qual abordagem se adote, o resultado é sempre um grau específico na carta — um ponto delicado que merece atenção nas técnicas de previsão. Quando um maléfico em trânsito (Saturno ou Marte) cruza este grau, pode haver indícios de crises, perdas ou situações de tensão. Do mesmo modo, em um ciclo de profeções anuais, se a casa que contém este ponto estiver ativada, ela pode sinalizar um período mais desafiador.

As direções também reforçam esse princípio: um aspecto difícil envolvendo este grau sensível pode marcar momentos críticos. Por outro lado, aspectos fáceis, mesmo de maléficos, tendem a indicar tensões menores, mais gerenciáveis. A presença de um benéfico forte por dignidades (como Júpiter ou Vênus bem posicionados) em aspecto a esse ponto pode aliviar a severidade, oferecer proteção ou transformar a situação em uma oportunidade de crescimento.

Esse método, transmitido pelos mestres helenísticos, destaca a precisão com que a astrologia antiga identificava áreas sutis de vulnerabilidade. Incorporá-lo à prática é um exercício de respeito à tradição e uma forma de aprofundar a leitura dos ciclos críticos na vida do nativo.

#astrologiaclassica #astrologia #anarodrigues_astrologa
O Ponto de Crises na Abordagem Helenística Na tradição helenística, alguns autores preservaram métodos específicos para determinar graus sensíveis no mapa natal, associados a períodos de crise ou desafios significativos na vida do nativo. Hermes ensina que devemos considerar a distância entre o senhor da lunação pré-natal e Saturno, aplicando esse arco ao Ascendente para encontrar o ponto crítico. Já Vettius Valens propõe outra fórmula: medir a distância entre Marte e Saturno e projetá-la igualmente a partir do Ascendente. Independentemente de qual abordagem se adote, o resultado é sempre um grau específico na carta — um ponto delicado que merece atenção nas técnicas de previsão. Quando um maléfico em trânsito (Saturno ou Marte) cruza este grau, pode haver indícios de crises, perdas ou situações de tensão. Do mesmo modo, em um ciclo de profeções anuais, se a casa que contém este ponto estiver ativada, ela pode sinalizar um período mais desafiador. As direções também reforçam esse princípio: um aspecto difícil envolvendo este grau sensível pode marcar momentos críticos. Por outro lado, aspectos fáceis, mesmo de maléficos, tendem a indicar tensões menores, mais gerenciáveis. A presença de um benéfico forte por dignidades (como Júpiter ou Vênus bem posicionados) em aspecto a esse ponto pode aliviar a severidade, oferecer proteção ou transformar a situação em uma oportunidade de crescimento. Esse método, transmitido pelos mestres helenísticos, destaca a precisão com que a astrologia antiga identificava áreas sutis de vulnerabilidade. Incorporá-lo à prática é um exercício de respeito à tradição e uma forma de aprofundar a leitura dos ciclos críticos na vida do nativo. #astrologiaclassica #astrologia #anarodrigues_astrologa
3 semanas ago
View on Instagram |
4/4

Search

Uma pergunta que os estudantes de Astrologia costumam fazer no iníco de seus estudos é : ” Se as constelações do zodíaco são formadas por estrelas, porque não as chamamos também de estrelas Fixas?”

De fato, as constelações são um conjunto de estrelas. Mas, o zodíaco tropical, o que utilizamos em nossas leituras e análises ocidentais não é formado pelas constelações. Abordei este tema em artigo anterior. Este zodíaco é uma representação das constelações zodiacais, e simboliza o trânsito do Sol ao longo do ano, em suas variadas porções de luz observáveis, que forma as estações do ano.

As estrelas fixas foram assim chamadas pelo astrólogos e astrônomos antigos para diferenciá-las dos planetas, que representam um movimento muito mais acelerado.

É importante mencionar que além do fator velocidade de movimento, temos outras diferenças entre os planeta e as estrelas fixas. Para isto é importante relembrar como os antigos tinham seu modelo cosmológico. A Teoria das Esferas nos ajuda a compreender este quadro.

Para os antigos, o universo era formando em esferas concêntricas, uma sobrepondo a outra. Iniciando com uma esfera, como representação da Terra, lembrando que naquele momento o modelo era o geocêntrico, e logo em seguida uma esfera composta pelos elementos, chamada de Esfera Sublunar, acima dela vinha a esfera da Lua, a de Mercúrio, a de Vênus. A esfera do Sol vinha a seguir, e logo em seguida as de Marte, Júpiter e Saturno. Acima destas esferas era que apareciam as esferas do firmamento, zodíaco, e do movimento primário. Assim, mesmo para uma visão antiga as Estelas estavam em caminho diferente dos planetas, e acima do zodíaco.

Considerando a maneira como os planetas aparecem no céu, de forma bem simples podemos dizer que nascem no leste e se põem no oeste, acompanhando o caminho traçado pelo Sol ao longo o dia, seguindo a faixa que nos conhecemos como Ecliptica. Bem, as estrelas fixas não se deslocam por este caminho, e se movimentam um grau a cada 72 anos aproximadamente. Estão praticamente fixas no firmamento. Porém, as estrelas fixas mais próximas à Ecliptica parecem nos fornecer elementos importantes para a interpretação.

Em relação à sua interpretação, cada uma carrega consigo um teor mitológico, em conjunto relativo à constelação a qual pertecem, e também de suas naturezas planetárias. Segundo Ptolomeu no Tetrabiblios cada estrela expressa duas características planetárias semelhantes às suas características primárias. Mas não entra muito em detalhes. A magnitude da estrela, também indica seu potencial. No entanto, as estrelas só estão ativas em uma carta quando em relação a um planeta ou ângulo.

Alguns astrólogos consideram que somente uma conjunção à estrela fixa, e outros, como William Lilly indicam as aspectos também, ou seja o sêxtil, a quadratura, trígono e oposição. Particularmente considero somente conjunções.

Existem muitas estrelas fixas ao longo das 88 constelações catalogadas, o ideal é incluir somente algumas no delinemaneto da carta, especialmente quando em conjunção, considerando os orbs planetários, e considerando também que o Sol e a Lua possuem orbs bem largos.

Outro ponto muito importante é a posição por casa, quando ativas. Um estrela fixa em um ângulo do mapa (Ascendente, Meio do Céu, Fundo do Céu, Descendente) é relamente importante. Algumas como a estrela Regulus, têm um potencial muito benéfico quando em conjunção ao Meio do Céu, ou Ascendente, e outras, como Caput Algol, no extremos oposto, indicando grandes desafios.

A força e a eficácia das estrelas fixas deve ser consideradas a partir de sua magnitude, seu esplendor, suas naturezas ou propriedades, sua proximidade com a eclíptica, seu lugar no mundo, seu cluster.

Devemos considerar também que as imagens em que nosso zodíaco é baseado são, naturalmente, padrões extraídos de constelações de estrelas fixas, mas as constelações não são mais exatamente o mesmo que os signos do Zodíaco.
Por exemplo, graças à precessão dos equinócios, estrelas fixas na constelação de Escorpião podem hoje ser encontradas no signo tropical de Sagitário.

Disponibilizo no link abaixo uma lista com algumas estrelas, suas naturezas e constelações aas quais pertencem. Click no link par abrir.

TABELA DE ESTRELAS FIXAS E SUAS NATUREZAS

Fontes:

Brady’s Book of Fixed Stars – Bernadete Brady

Tetrabiblos – Ptolomeu

Astrologia Cristã – William Lilly

Comments

Leave a Comment